11 de junho de 2024

Em maio, a diferença era de apenas R$ 304 – valor médio de R$ 13.145 em Balneário, e de R$ 12.841 em Itapema. Economistas do FipeZAP fizeram uma análise dessa “corrida do ouro” em Santa Catarina, a pedido da coluna. E a possibilidade de uma troca de posições não está descartada. Embora no último mês Itapema tenha registrado uma valorização mais discreta do que a da vizinha mais famosa (+0,27% contra +1,17%, em maio), o histórico dos últimos meses coloca Itapema em vantagem. “Os preços médios dos imóveis de Itapema e Balneário Camboriú estão muito próximos, mas o ritmo de crescimento da primeira está maior que o da segunda, então é possível que Itapema supere Balneário Camboriú”, diz a análise dos especialistas. Há, porém, uma ressalva: para chegar ao índice de Balneário, Itapema precisa de regularidade.

 

“No entanto, isso dependerá da manutenção dessa tendência no curto prazo, o que teremos que acompanhar nos próximos meses. Vale ressaltar que o crescimento das duas cidades está relacionado aos mesmos fatores, que são a infraestrutura e a praia, diferenciais que têm atraído demanda, em especial, após a pandemia”, avalia o FipeZAP. Como a coluna publicou em 4 de junho, o mais recente relatório FipeZAP motra que as duas estrelas do mercado imobiliário nacional, Balneário Camboriú e Itapema, tiveram uma ligeira desaceleração nos índices de valorização em 2024. Depois de uma alta vertiginosa entre maio de 2022 e maio de 2023, que chegou a +22%, em Balneário, o índice dos últimos 12 meses ficou em +5,98%.

 

Itapema segue em uma fase de aceleração, com índice de +13% nos últimos 12 meses – embora tenha registrado uma baixa sensível em maio. Pesa a favor da cidade, no momento, a oferta de terrenos para construir, o que dá fôlego ao aquecido mercado imobiliário local. Balneário Camboriú, no entanto, tem seus trunfos: a fama que conquistou no mercado, como a cidade dos arranha-céus de luxo, e a especialização da construção civil local em imóveis segmentados, voltados a grandes investidores. O consultor Bruno Cassola disse que a tendência é que os novos lançamentos partam de R$ 20 milhões na planta – o que deve trazer um novo impulso à atual líder do ranking, e pode frustrar a vizinha Itapema.